Miltinho da Viola traz as raízes da música brasileira ao SARAH

Considerado um dos violeiros mais versáteis do país, Miltinho da Viola (Miltinho Edilberto) viajou não só pelo Brasil, mas também por diversos cantos do mundo, mostrando a poesia presente no forró e no sertanejo raiz. Com um show recheado de histórias e melodias que fazem parte da vida de todo brasileiro, fez da plateia sua segunda voz.
Ao subir ao palco, Miltinho introduziu a viola de 12 cordas e explicou como cada lugar do país tem a sua característica própria. Para o SARAH, trouxe uma mistura de todas elas e pediu a ajuda do público para cantar, abrindo a apresentação com “Tocando em frente”, “Cabecinha no ombro” e “Meu primeiro amor”.
Destacou importância de Rolando Boldrin e do programa Som Brasil para sua carreira, tanto pela oportunidade em si, quanto por ter sido ali que conheceu um grande amigo e companheiro musical: Renato Teixeira, a quem rendeu homenagem ao cantar “Romaria”, acompanhado pela plateia.
Sobre sua cidade natal, o Vale do Jequitinhonha, contou a história da “Venda do Lidirico”, um lugar conhecido por ter de tudo. Miltinho transformou a história do local em música, como um grande trava línguas, e desafiou à plateia a cantá-la com ele.
O compositor mineiro contou ainda com a participação de um convidado, o sanfoneiro Toninho Vieira, que o acompanhou no clássico de Luiz Gonzaga “A vida do viajante”. O momento agitou a plateia, que cantou os sucessos de Dominguinhos “Eu só quero um Xodó” e “Sabiá”.

A paciente Maria Necilandia Maia, que conheceu o Teatro SARAH pela primeira vez, falou um pouco sobre sua experiência. “Foi à primeira vez e foi maravilhoso. Estou muito feliz, todo dia tem atividades, estou sendo muito bem atendida e os profissionais são maravilhosos com a gente”. Esse sentimento também é compartilhado pela paciente Zenaide Catarina da Silva, de Cuiabá: “Foi maravilhoso, encerrei a semana com chave de ouro. O SARAH é referência não é à toa. A música foi muito boa, relembrei vários sucessos”.
No fim do show, Miltinho e Toninho Vieira cantaram “Asa branca”, fazendo o público não só cantar, mas também aplaudi-los de pé. Ao final da música, os artistas foram homenageados e receberam flores do paciente Bernardo Rodrigues Richter.
O cantor, que durante o espetáculo falou como a música pode fazer milagres, relatou à equipe do SARAH como é importante tocar num projeto como o Arte e Reabilitação. “Não conhecia o SARAH pessoalmente, mas já era uma referência. Eu sempre quis muito fazer algo para esse público que está tão necessitado da música, já que ela é uma forma de terapia. Para mim é uma honra”.